E lá se foi.
Como uma pluma solta ao vento,
como uma gaivota no horizonte,
como a fumaça de uma fogueira,
ela se foi.
Foi, mas não tão linda como quando chegou.
Trouxe alegrias e sorrisos,
levou tristezas e lágrimas.
Trouxe sentimentos e esperanças,
levou amarguras e desilusões.
Trouxe confortos e prazeres,
levou agonias e dores.
Foi, escravizada por sua racionalidade,
omitindo o poder de decisão de seu coração,
passando por cima de seus sonhos e anseios,
lutando contra a vida e o futuro.
Restaram as lembranças,
somente as lembranças,
de um amor assassinado pelo destino,
eternizado pela beleza,
rejeitado pelo futuro,
relembrado pelo presente
e celebrado pelo passado.
A brisa que a deixou naquele verão
a levou para vôos mais altos,
me deixando em terra firme,
mas com as recordações lá em cima.
Só me resta reviver,
mesmo que em pensamento,
e pra sempre relembrar,
como foi
aquela que se foi.
18/04/12 – 03h54m
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